SENHORES DA GUERRA

Senhores da Guerra, respondam por sua soberania. Onde está o ser humano? Existe, ainda neste abominável joguinho de poder e supremacia? Onde os colocaram... Só vejo robôs, mísseis e armas biológicas. Só vejo os seres humanos humilhados e massacrados, só vejo um tapete de mortos, inertes, um ao lado do outro, só vejo este terrível tapete, sem, se pensar, no ser humano.

Onde está nosso filho criado com tanto amor? O que vocês fizeram com o meu menino?

Respondam, Senhores da Guerra!

Vejo populações inteiras dizimadas, vejo escombros, onde antes haviam povoados, vejo miséria, fome!

É isto, Senhores da Guerra?

Os senhores almoçam, jantam, no aconchego de suas famílias , tem lares confortáveis e o calor de uma lareira. Têm, e isto é fundamental, comida em suas mesas!

Vejo olhares famintos, feridos, mutilados, em frágeis corpos infantis. Vejo a fome, o sofrimento e o medo do outro lado. Vejo crianças que deveriam estar brincando, felizes e sadias como os seus filhos... Senhores da Guerra!

Estas crianças deveriam ter a mesma expressão de alegria, de inocência, afinal deveriam ser iguais, terem a mesma oportunidade, são igualmente crianças. Ou estarei, enganada?

Senhores da Guerra os senhores por acaso têm mãe? Já pararam para pensar ou perguntar o que elas têm a dizer? Quais os sentimentos do coração da senhora sua mãe? Acham que seriam aprovados, Senhores da Guerra?

Disto tudo a lição e o sentimento que enche meu coração é:- Sr, Deus Pai, Tende piedade das mães, neste universo tão perdido e tão violento. Ajudai-nos, Senhor!



SP-26/04/03

 

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MARICI BROSS © Copyright 2003

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