SABOR DE HORTELÃ
Passeávamos de mãos dadas
na bela praça daquela cidade,
enquanto não chegava a hora
do almoço na casa onde estávamos.
A fome já nos atormentava
porque tínhamos saído bem cedo
para viajar, sem tomar nem o café
e já passavam das quatorze horas.
De repente enfiei a mão no bolso
e encontrei uma bala de hortelã,
era apenas uma e resolvemos
não dividi-la e chupa-la juntos.
Começamos a passar a balinha
de boca a boca com as línguas,
com gostosos beijos nos intervalos
e nos esquecemos da maldita fome...
Lupércio
Mundim
|