À minha mangueira, décadas depois, dediquei estas linhas:

MANGUEIRA

Mangueira Centenária,
mangueira-montanha,
mangueira-selva,
mangueira-maravilha
de minha infância...

Entre tuas folhas
fui explorador,
entre teus galhos
fui alpinista,
fui criança feliz...

Entre teus frutos
aprendi a coragem,
entre tuas raízes
aprendi a te amar,
a respeitar a natureza...

Hoje estás tão velha,
teus galhos apodrecem,
teus frutos rareiam,
tua casca se solta,
mas te adoro ainda mais...

subo devagar em teus galhos,
já não tenho tanta facilidade,
visito teus santuários,
locais onde brincava,
e entendo porque te amo...

mangueira centenária,
quero deixar escrita
essa minha declaração
de veneração e gratidão
a você, à natureza e a Deus...

Lupércio Mundim

<< índice - capítulo 06 - capítulo 07 >>